quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Judas Priest - A Touch Of Evil [Live] 2009

O Metal está de volta!!!


Priest é hoje uma das referências do metal mundial tendo músicas que se tornaram hinos para metalheads de todo o mundo.

Em “A Touch of Evil: Live”, o mais novo trabalho ao vivo da banda, o poderoso Judas Priest foca primeiramente nas músicas preferidas e reverenciadas pelos fãs.


Track List

01 - Judas Rising
02 - Hellrider
03 - Between the Hammer & the Anvil
04 - Riding on the Wind
05 - Death
06 - Beyond the Realms of Death
07 - Dissident Aggressor
08 - A Touch of Evil
09 - Eat Me Alive
10 - Prophecy
11 - Painkiller

Formação:

Rob Halford - Vocal
Glenn Tipton - Guitar
K.K. Downing - Guitar
Ian Hill - Bass
Scott Travis - Drums



Entrevista para a Folha Online 13/11/2008

Líder do Judas Priest nega intolerância dos fãs de metal
MARCELO FREIRE Colaboração para a Folha Online



Rob Halford, 57, é um dos mais antigos símbolos do heavy metal. Líder do Judas Priest, banda para a qual empresta sua voz desde 1973 --com exceção do período entre 1991 e 2003, quando seguiu carreira solo--, o britânico ganhou também notoriedade ao assumir sua homossexualidade, em 1998, algo inédito para um personagem desse estilo musical.

Formação atual do Judas Priest, liderado pelo vocalista Rob Halford (à frente) desde 1973

Mesmo após a revelação, Halford nega, em entrevista à Folha Online, ter sido vítima de qualquer tipo de intolerância dos fãs de heavy metal. Além disso, considera que o fato de o estilo sofrer preconceito contribuiu para que os entusiastas compreendessem melhor o vocalista. "Existe essa tolerância dos 'metalheads', que pensam que temos de permanecer unidos, não importa o que aconteça", explica.

Depois de iniciar mais uma turnê pelo Brasil em Porto Alegre (na quarta-feira, 12, no Teatro Bourbon) e com shows marcados para o Rio de Janeiro (dia 14, no Citibank Hall) e São Paulo (dias 15 e 16 de novembro, no Credicard Hall), Rob Halford também fala sobre o novo disco da banda, "Nostradamus", sobre a cultura do heavy metal e até sobre Barack Obama --uma boa escolha para os Estados Unidos, na sua visão-- entre outros assuntos.

Leia abaixo a entrevista, concedida por telefone.

Folha Online - O novo disco do Judas Priest, "Nostradamus", é o 16º da história da banda, o primeiro álbum de estúdio duplo e conceitual do grupo. Pode-se dizer que "Nostradamus" é o disco mais ambicioso do Judas Priest?

Rob Halford - É apenas mais um exemplo de a gente mostrar que estamos cheios de idéias. Eu acho que o motivo de o Judas Priest estar aqui depois de todo esse tempo é que ainda temos muita coisa a dizer com a nossa música. É maravilhoso fazer finalmente um álbum conceitual, algo que sempre quisemos. Então, "descobrimos" esse homem marcante que foi Nostradamus, e essa idéia veio do nosso empresário Bill Curbishley, que apresentou o personagem e imediatamente pensamos que seria ótimo.

"Nostradamus" (2008), 16º álbum de estúdio do Judas Priest, é o 1º disco duplo da banda

Folha Online - O primeiro disco da banda, vista como uma das pioneiras do heavy metal, é de 1974. Qual a contribuição que o Judas Priest pode oferecer ao estilo quase 35 anos depois?

Halford - Não tenho muita certeza, mas acho que sempre tentamos colocar nosso estilo e nossas personalidades na música. Tem sido uma alegria e um prazer, e também um desafio fazer algo diferente do que a gente já fez, mas felizmente temos uma química e uma ótima equipe escrevendo as músicas, que sou eu, o Glenn [Tipton, guitarrista] e o KK [Downing, também guitarrista]. Acho que a contribuição são todas essas músicas e discos para as pessoas aproveitarem.

Folha Online - Bandas como Judas Priest, Iron Maiden, Motörhead e Metallica ainda sobrevivem fazendo música pesada e tocando para grandes platéias. Como você analisa o cenário musical hoje, com as pessoas podendo baixar, sem qualquer custo, um álbum pela internet?

Halford - Todas as bandas que você mencionou, incluindo a gente, são meio que agradecidas por terem começado no mundo da música naquela época, porque obviamente as coisas são bem diferentes agora. Existe muito mais competição, mas os elementos da popularidade são os mesmos.

Folha Online - Como uma banda nova pode crescer com essa nova realidade, e sem tanto apoio financeiro?

Halford - A mensagem que eu passo para as novas bandas de metal é tentar ser o mais original possível, porque a originalidade sempre vai achar seu caminho para o topo. E use a internet, faça seu "my space", seu site pessoal, tudo o que você puder. Têm muitos peixes no oceano, mas um deles será pego. Você precisa tirar vantagem do que a tecnologia moderna pode trazer. No fim das contas, o que vale é se divertir e fazer música com seus companheiros. Alguns de nós fazemos sucesso e outros não, mas o principal motivo para a gente se juntar é porque temos prazer e alegria em fazer música.

Rob Halford e o baterista Scott Travis durante show do Judas Priest em Mansfield, em 2004

Folha Online - Há dez anos, você assumiu ser homossexual. Você ajudou a criar alguns padrões do heavy metal, no jeito de se vestir, em suas atitudes no palco. Como foi a reação dos seus fãs?

Halford - Quando eu me assumi publicamente, eu só recebi boas reações, nada negativo. Tive um apoio tremendo de todos que me conheciam, família, amigos, pessoas do meio musical. Mas, primeiramente, foram os fãs que simplesmente deram de ombros e disseram "bom, para a gente não importa, apenas queremos que o Rob continue fazendo o que faz".

Folha Online - E como você se sentiu após fazer essa declaração?

Halford - Foi algo que me trouxe muita força no nível pessoal. Quando você faz algo assim, você se liberta. Todas as indiretas, brincadeiras, feitas nas suas costas, são irrelevantes. Todos que fazem comentários maldosos são insignificantes. Do ponto de vista pessoal, é um grande sentimento de poder e satisfação. E como eu disse, com os fãs foi algo totalmente diferente. O metal ainda sofre muito preconceito de pessoas que não o entendem e o acusam de ser um exemplo ruim de entretenimento, trazendo mensagens malignas, todas essas coisas. Então, existe essa tolerância dos 'metalheads', que pensam que temos de permanecer unidos, não importa o que aconteça.

Folha Online - Como você vê o heavy metal de uma maneira cultural? Do ponto de vista social, o que faz alguém deixar o seu cabelo crescer, usar camisetas pretas e balançar as cabeças nos shows? Você acompanha esse ambiente desde o início, como você analisa isso?

Halford - É um fenômeno que eu não entendo muito bem, e talvez seja melhor assim. Nos shows de metal, existe uma união, de todos estarem lá pelo mesmo motivo. Quando você é um jovem 'metalhead', passa por sua fase rebelde, algo que todos nós passamos. Mas, depois dessa fase rebelde, você desenvolve seus valores e seu amor por essa música. Uma vez 'metalhead', sempre 'metalhead'. E é um fenômeno mundial, atingindo países como Irã, Paquistão, Índia. É um estilo musical marcante, e somos encantados em fazer parte dele.

Halford durante apresentação da banda no Anhembi, em São Paulo

Folha Online -Em lugares como o Brasil, você nota muita pobreza e disparidades sociais em relação a países da Europa, aos Estados Unidos e a Austrália. Como esse tipo de ambiente afeta os fãs daqui?

Halford - Vimos todas essas coisas ao redor do mundo, e é uma tristeza esse nível de pobreza que as pessoas têm de passar. Isso te faz sentir agradecido por ter um teto e poder comer todas as noites. O carnaval, por exemplo, é um momento muito importante para todos os brasileiros que vivem na favela [usa o termo em português], ao redor do Rio. É o momento de mostrar que, independentemente de sua situação na vida, no aspecto socio-econômico, todos se juntam. A música é uma parte intrínseca da humanidade. Não importa onde você vá no mundo, seja em uma tribo no Brasil ou em uma casa em Nova York, todos amam música. Você pensa na sua própria posição, como músico, e o alcance e poder que isso tem.

Folha Online - O que você achou da eleição de Barack Obama nos Estados Unidos? Você se interessa por política?

Halford - Acho que todos nós nos interessamos por política, em um nível pessoal, apesar de a política ser a mesma ao redor do mundo. Você tem apenas que acreditar que os políticos têm o melhor dos interesses e querem melhorar a vida de seu povo. E acho que nós provavelmente sentimos o mesmo com o que acabou de acontecer nos Estados Unidos, de que as conseqüências disso farão do país um lugar melhor. É muito interessante o que tem acontecido por lá nesses últimos meses. No aspecto pessoal, estou feliz com o resultado.

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: AO FAZER SEXO USE CAMISINHA!

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