segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Deep Purple - Phoenix Rising - 2011


Phoenix Rising é um pacote com vários itens focando na derradeira formação do período clássico do Deep Purple, com David Coverdade (vocal), Tommy Bolin (guitarra), Glenn Hughes (baixo e vocal), Jon Lord (teclado) e Ian Paice (bateria). Esse line-up, conhecido como MK IV e contestado desde o início por uma parcela dos fãs devido à ausência de Ritchie Blackmore, gravou apenas um álbum de estúdio, Come Taste the Band, lançado em outubro de 1975, e tem algumas de suas poucas apresentações lançadas em alguns álbuns ao vivo ao longo dos anos.

O projeto Phoenix Rising inclui um documentário chamado Gettin' Tighter, que conta a história da MK IV, além de um show em vídeo da turnê do disco e um CD com o áudio dessa apresentação. Nesse review vamos nos deter somente no CD que acompanha esse box, deixando os demais itens para serem analisados posteriormente.

Phoenix Rising traz oito faixas gravadas em shows ocorridos em Tóquio em 1975 e em Long Beach, nos Estados Unidos, em 1976. Vale lembrar que no mesmo período em que o Purple lançou Come Taste the Band, Tommy Bolin, que já era um guitarrista respeitado com passagens pela James Gang e figura fundamental em dois clássicos do jazz rock – Spectrum (1973) de Billy Cobham e Mind Transplant (1975) de Alphonse Mouzon -, colocou no mercado o seu primeiro álbum solo, Teaser, que chegou às lojas no dia 1 de janeiro de 1975. Portanto, um acordo fechado entre Bolin e o restante da banda fez com que o guitarrista também divulgasse o seu disco solo nos shows do Purple. É por essa razão que Phoenix Rising traz uma versão de “Homeward Strut”, faixa presente em Teaser.

O fato é que a entrada de Bolin no Deep Purple acentuou ainda mais o groove e o balanço injetados por David Coverdale e Glenn Hughes no som da banda. Aliás, foi justamente esse direcionamento que fez com que Ritchie Blackmore deixasse o conjunto e montasse o seu próprio grupo, o Rainbow, onde desenvolveu de maneira brilhante, ao lado de Ronnie James Dio, a sonoridade mais pesada e épica que estava buscando e que pode ser ouvida nos álbuns Ritchie Blackmore's Rainbow (1975), Rising (1976) e Long Live Rock'n'Roll (1978).

A verdade é que essa mudança no som do Deep Purple não foi muito bem aceita pelos fãs, que em sua maioria não curtiram a sonoridade explorada em Come Taste the Band. Hoje em dia, no entanto, o disco foi redescoberto e possui status de cult, em um reconhecimento, ainda que tardio, à sua grande qualidade. No meu caso, confesso que a minha fase preferida da carreira do Purple está no período 1974-1976, época em que a banda lançou os álbuns Burn, Stormbringer e o tão falado Come Taste the Band.

As faixas presentes em Phoenix Rising estão entre os melhores registros ao vivo da carreira do Deep Purple. Ainda que a banda atravessasse um período turbulento e que culminaria com o encerramento de suas atividades, a qualidade do material impressiona. A ótima qualidade do áudio torna ainda mais marcantes as mudanças aplicadas por Tommy Bolin nas músicas. Pra começo de conversa, Bolin faz os seus próprios solos, não mantendo nada do que havia sido gravado por Blackmore. Até mesmo na guitarra base há alterações perceptíveis, o que causa uma certa estranheza em um primeiro momento em canções como “Burn”, “Smoke on the Water” e “Stormbringer”, composições que fazem parte da memória afetiva de todo fã de rock.

A dinâmica da banda era diferente naquela época. Anteriormente ancorada na guitarra pesada e neo-clássica de Ritchie Blackmore, a sonoridade do Deep Purple em 1975-1976 tinha o seu coração no baixo de Glenn Hughes e na bateria de Ian Paice. Isso fez com que as faixas perdessem um pouco de seu peso, mas ganhassem uma imensa dose de groove e balanço. Essa característica, aliada ao timbre de voz de David Coverdade, com uma alma negra e próximo aos cantores de soul, fez surgir um novo Deep Purple, totalmente distinto da banda que havia conquistado o mundo com o clássico Machine Head (1972).

Mesmo que algumas falhas sejam perceptíveis nas versões presentes em Phoenix Rising, sendo as principais a ausência de Tommy Bolin em alguns trechos das faixas e, principalmente, o fato de Hughes, turbinadíssimo por doses industriais de cocaína, estar mais gritando do que efetivamente cantando a maior parte do tempo, a audição deste material é muito gratificante, e atesta, de novo e mais uma vez, o poderio da MK IV.

Phoenix Rising é um documento de uma época onde os 'live albums' eram realmente gravados ao vivo, sem a adição de 'overdubs' posteriores em estúdio. Isso faz com que ele soe verdadeiro e autêntico, mantendo viva não só a energia da banda, mas, sobretudo, um dos períodos mais interessantes da história do Deep Purple, uma das bandas mais importantes do hard rock e do heavy metal.

Não há nada mais a ser dito, apenas levante o volume e aperte o play!

01 Burn 08:09
02 Getting Tighter 15:05
03 Love Child 04:24
04 Smoke on The water (including Georgia) 09:30
05 Lazy 11:50
06 Homeward Strut 05:44
07 You Keep on Moving 05:45
08 Stormbringer 09:48



O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: GRAVIDEZ PODE CAUSAR ESTRIAS!!

O havaiano Thomas Beatie, o primeiro transexual do mundo a dar à luz, mostrou que já recuperou a boa forma 12 meses depois do terceiro parto. Fotografado brincando na piscina com o caçula, Thomas exibiu uma barriga tanquinho. Mas assim como muitas mães, não conseguiu ficar livre das estrias. O corpo enxuto é fruto do tratamento com testosterona. O homem, que atualmente mora no Arizona, Estados Unidos, com sua esposa, Nancy, ganhou fama internacional há três anos, quando se tornou o primeiro transexual a ter um bebê. Agora, ele e a sua esposa têm a família que sempre sonharam: são pais de três crianças, Susan, Austin e Jansen. As informações são do jornal britânico Daily Mail.

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