quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Guilt Machine - On This Perfect Day - 2009




Uma das grandes novidades de novos lançamentos a saírem para o mercado neste ano de 2009 é o mais recente projeto do multi-instrumentista Arjen Anthony Lucassen: “Guilt Machine”.

Arjen Lucassen já tinha anunciado no seu site oficial no início do ano a realização deste projeto paralelo, não deixando de lado o seu expoente máximo, Ayreon. Arjen não tem muito que se diga, é um dos grandes músicos desta última década, a cargo dele conta ainda com os projectos Ambeon (extinto) e Star One. Perfeito em tudo o que entra, majestoso em tudo o que mexe!

A carga que Arjen trás a estes projetos é imensa, não obstante de já ter trabalhado com perto cinco dezenas de instrumentistas do mais variado género musical, para espanto de muitos, este é o projeto que menos participações tem, visto que todo o álbum é composto musical e liricamente por Arjen com a colaboração do vocalista Jasper Steverlinck em alguns arranjos e ainda a participação da já conhecida de Arjen, a gostosíssima Lori Linstruth na guitarra

e Chris Maitland na bateria, um quarteto formado com sentido e que prova o porque desta formação ao longo do álbum, Arjen para ser perfeito não precisa de muito mais.

Arjen confessou ter ficado positivamente surpreendido com a capacidade de Jasper na voz, num campo musical completamente desconhecido para o próprio, visto Jasper ter confessado a Arjen desconhecer totalmente sequer o que é a variante do Progressivo.

A voz está irrepreensível, a todos os níveis integrada e as segundas vozes perfeitamente estruturadas. Como curiosidade, saiba que Arjen aquando o anúncio de gravação de um novo projecto, anunciara no seu site que os fãs lhe poderiam enviar excertos de expressões e pensamentos gravados na língua do interveniente com a respectiva tradução em Inglês para que os mesmos fossem incluídos no álbum. Da recepção de quase duas centenas de gravações, Arjen escolheu dezenove excertos para integrar no álbum, não poderia colocar mais, ainda assim produziu uma faixa instrumental onde consegui colocar quase todos os excertos que não puderam constar no álbum. De referir que os dezenove excertos escolhidos variam todos de língua, como se pode perceber ao longo do álbum, onde não falta uma mensagem em Português na faixa Perfection?, “Nada é mais triste do que a morte da ilusão.”.

Neste álbum, Arjen mudou completamente a temática que o acompanhava em todos os seus projetos anteriores, deixou de lado os alienígenas e os seres desconhecidos, toda uma evolvência sci-fi, para desta vez fazer algo mais introspectivo e obscuro, letras descrevendo pensamentos e sentimentos, algo mais profundo e com uma enorme carga emocional. A composição de uma diferente temática nas letras não alterou uma característica de Arjen, todas as músicas são épicas, entradas explosivas em certos casos, melodias bem sincronizadas e perfeitas e uma seleção instrumental a todos os níveis majestosa. O álbum conta com seis faixas, o que pode parecer pouco, mas todas elas varia entre os oito e os doze minutos, como é o caso da primeira faixa, a Twisted Coil que tem onze minutos e quarenta e três segundos de duração.

Arjen A. Lucassen em entrevista:
“No meu ponto de vista, este é de longe o projeto que mostra o meu melhor lado. Vem do coração, por ter sido escrito e gravado durante uma nova fase de inspiração da minha vida, após uma forte depressão. Sendo este um projeto totalmente novo, não tive qualquer expectativa, o que permitiu deixar a minha inspiração guiar-me sem qualquer pressão.”
De difícil avaliação é o gênero musical predominante neste álbum, é Progressivo é certo mas vai do Rock ao Metal num compasso e que chega a ter riffs e batidas Heavy pelo meio. O álbum é de fácil audição mesmo para os mais distantes deste tipo de sonoridades, limpo e completo, com uma seleção de faixas perfeita. O início do álbum esconde perfeitamente bem nos primeiros minutos o que vem pela frente, a primeira faixa começa melódica, simples e antecipando uma entrada vigorosa como o que acontece na realidade. Todas as faixas seguem a mesma linha, de inícios melódicos simples, explodindo sempre de forma épica até ao seu epilogo.
O álbum saiu para o mercado em três edições diferentes, o álbum em edição normal com livro de 24 páginas contendo as seis faixas que compõe o álbum que e ainda dois tipos de digipack, um com trinta e duas páginas e outro com 24 páginas. Ambas as edições especiais contêm um dvd com o trailer do vídeo e o making of do mesmo e uma entrevista aos intervenientes do projecto Guilt Machine e ainda o álbum autografado pela banda. A imagem do álbum foi desenvolvida por Christophe Dessaigne, um perfeito desconhecido até Arjen o ter encontrado ao acaso no site Flickr. Ao observar a galeria do artista de imediato o convidou para trabalhar na artwork do álbum. O restante trabalho da caixa e do logótipo foi criado por Thomas Ewerhard.

Podemos esperar estes três meses até ao final do ano para ver o que sai para o mercado, é verdade que grandes novidades se aproximam mas este será um dos álbuns do ano sem sombra de dúvidas, se houver alguém que pense que este projeto de Arjen Lucassen não fosse feito em prol de tal, ele prova sempre o contrário, é álbum para ficar, sem discussões, a crítica só poderá ser unânime e positiva.


CD
01.
Twisted Coil – 11′43
02. Leland Street – 8′03
03. Green And Cream – 10′32
04. Season Of Denial – 10′22
05. Over – 6′11
06. Perfection? – 10′46

Arjen Lucassen: Instrumentos, Segundo Vocal
Jasper Steverlinck (Arid): Vocal

Lori Linstruth (ex-Stream of Passion): Guitarra
Chris Maitland (ex-Porpucine Tree): Bateria

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: ENEM PODE PROVOCAR STRESS!

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