Esse foi mais um disco, feito na marra, na vontade, na estrada e na cauda do movimento
do rock, com a ajuda da galera, dos fãs e amigos que se mobilizaram em
suas cidades para que este disco acontecesse.
Este disco é literalmente um disco de estrada, foi feito na estrada entre
shows, pois estavam em pleno exercício da Base Rock Tour 2011, tour essa onde
voltaram a tocar em bases onde não iam já há alguns anos.
Então no carnaval de 2011, tocaram em
São Carlos, mais uma casa cheia nessa cidade que já é um dos maiores bastiões
da Patrulha e no dia seguinte a convite dos amigos do estúdio Papagaio Records
começaram os trabalhos, mais precisamente no dia 7 de março de 2011.
Em verdade, foram ao estúdio mais para tentar ensaiar algum material novo, do
que para gravar um CD propriamente dito, nessa sessão gravamos um tema que o
Danilo já tinha, Rockista Antigo e um riff, meio jam, que viria a ser "Estrelas
Dirão", esse material ficou inacabado por lá e seguiram na estrada do rock.
Em abril, por ocasião de um show em Paraibuna, receberam outro convite para
adentrarem no Studio 13, para gravar mais algum material para o suposto
disco, mais uma vez lá foram para o estúdio sem nenhum material novo ou
ensaiado.
Nessas sessões de jams gravaram umas quatro ou cinco ideias, que pensavam em
usar para o disco, novamente deixaram esse material totalmente inacabado para
trás e voltaram à rotina de shows. Dessas sessões, somente "Riff Matador",
gravada no dia 22 de abril, acabaria sendo finalizada.
Em junho, no começo do pico da Base Rock Tour 2011, voltaram ao interior de São
Paulo para shows e voltaram também ao Papagaio Records para uma nova leva de
gravações, desta feita, iriam regravar "Rolando Rock", umas ideias coletivas
que já tínham e uma balada já pronta do Danilo chamada Máquina do Tempo.
Dessas sessões, em junho de 2011, apesar do apuro e pouco tempo, deixaram para
trás mais quatro canções inacabadas e voltaram aos shows.
Em setembro fizeram os últimos shows da Base Rock Tour 2011 e cada um voltou ao
seu caminho e cidade.
Depois de um breve descanso, chegou a
hora de reunir e ouvir o material gravado para dar um rumo no projeto.
Após exaustivas audições, chegaram a
algumas conclusões:
A primeira e mais importante, que foi
a que acabou orientando o destino de todo o material gravado, foi o fato de que
demoraria muito tempo para concluir todas as letras que faltavam e gravar as
vozes do disco, já que haviam gravado apenas a parte instrumental das
canções.
A segunda conclusão foi o fator técnico da qualidade de captação do som gravado
e novamente o volume de tempo que seria necessário para mixar todo o material.
O terceiro fator e que norteou o destino do CD foi o fato de que queriam que
o CD fosse uma impressão digital dessa formação da Patrulha, portanto
precisariam trabalhar nas canções que dissessem algo para cada um dos membros
da banda, como se fosse sua própria mensagem, que viesse do fundo de sua alma,
expressasse seu sentimento e ainda estivesse dentro do conceito grupal e sonoro
da banda.
Feito isso, acabaram selecionando:
- Rolando Rock, canção autobiográfica
- Estrelas Dirão que começou como uma jam naquela primeira sessão de
março e que teve a melodia e letra colocada meses depois pela Marta e que se
tornou sua primeira colaboração autoral na Patrulha.
- Máquina do Tempo que
estava com uma ótima captação de áudio e expressava os momentos e sentimentos,
que o guitarrista havia passado há pouco tempo,
e finalmente,
- Riff Matador uma colaboração conjunta na composição, que expressa o espirito que dirige os
caminhos da Patrulha.
Escolhido o repertório, havia que finalizar, gravar as vozes que faltavam e
mixar todo o material, então em outubro, foram ao estúdio Rocklab, em Goiânia,
do produtor Gustavo Vazquez, o produtor oficial da Patrulha, e lá colocaram as
vozes que faltavam, transcreveram os diferentes arquivos e programas de computador
das diferentes sessões de gravação, jogaram tudo numa mesa análoga e mixaram o
disco, devido aos inúmeros compromissos do Gustavo, teríam ainda que esperar
um tempo para a masterização do disco.
Nesse meio tempo, escolheram o nome do disco e o Adrian Arellano, lá de Buenos
Aires, executou a capa com as imagens fantásticas que Marta pesquisou na Web.
Decidiram incluir dois bônus tracks ao material inédito para dar maior
consistência ao produto físico CD e que, com certeza, têm tudo a ver com o trabalho
da banda nesse século 21.
As bônus escolhidos foram
- Rock com Roll, uma das outakes do CD Capturados ao
Vivo no CCSP e
- Quatro Cordas e um Vocal, uma homenagem a dois queridos e
saudosos heróis do rock brasileiro.
Músicos:
. Rolando Castello Júnior -
Bateria
. Marta Benévolo - Voz
. Danilo Zanite - Guitarra e Voz
. Paulonez Carvalho - Baixo
Faixas/Tracks
01 - Rolando Rock - (Schevano /
Castello) 30 de junho de 2011, Papagaio
Records, São Carlos / SP
02 - Riff Matador - (Zanite /
Castello) 22 de Abril de 2011, Fabio Amar e Mathias Netto, Studio 13 - Paraibuna
/ SP
03 - Máquina do Tempo - (Zanite) 30
de junho de 2011, Papagaio Records, São Carlos / SP
04 - Estrelas Dirão - (Zanite / Benévolo) 7 de março de 2011, no Papagaio
Records, São Carlos / SP
Bônus Tracks
05 - Rock com Roll - (Schevano / Castello) Capturada ao vivo no Centro
Cultural São Paulo, em junho de 2004 Gravada por Gustavo Vazquez, assistido por
Fabio Poles e Alberto Sabela, com a unidade ultra-móvel do Área 13 Studio,
mixado em 2007, por Gustavo Vazquez no Rocklab, Goiânia/Go
. Rolando Castello Junior – Bateria
. Marcelo Schevano – Guitarra, Voz.
. Rodrigo Hid – Guitarra, Voz.
. Luiz Domingues – Baixo
06 - Quatro Cordas e um Vocal – ( Schevano / Castello)
Compusemos, ensaiamos e gravamos essa música em junho de 2009, para recordar e
homenagear a vida, obra e dedicação ao rock brasileiro do amigo quatro cordas,
Oswaldo “Kokinho” Gennari e ao vocal
da amiga Débora Carvalho.
Gravado e mixado por Vinicius Braganholo, no Nico’s Studio, Curitiba / PR
. Rolando Castello Junior – Bateria
. Marcelo Schevano – Guitarra, Voz
. René Seabra – Baixo
Ficha Técnica
Mixagem,
masterização e gravações adicionais, por Gustavo Vazquez, em 25, 26, 27 e 28 de
outubro de 2011, no Rocklab, Goiânia / GO. As gravações no Papagaio Records
foram realizadas por Bruno Marques e Netto Rockfeller.
Participações especiais: Fabrício Nobre - voz em Riff Matador e vocais, Diego
de Moraes e Gus - vocais.
Luis Maldonale - solo de guitarra do meio de Riff Matador, aos 45 minutos do
segundo tempo.
Arte: Adrian M. Arellano, dezembro de 2011 e janeiro de 2012, Buenos Aires, AR.
Capa: Fakir in Benares, foto de Herbert Ponting, em 1907.
Contra
capa: ilustração de Deus hindu, do livro Viagem as Índias Orientais e a China,
do explorador francês Pierre Sonnerat, em 1782.
Foto da
Patrulha do Espaço no CCSP, julho de 2011, por Grace Lagoa.
Assistente
da Patrulha: Samuel Wagner.
Produzido
por Rolando Castello Junior, www.rolandorock.com
BAIXAR:
http://www.4shared.com/rar/NQ6Uqjxkba/2012PE-DECDP.html?
Rolando Rock
(Schevano/Castello)
Muito tempo na estrada
Minha mala é a minha casa
Minhas rodas os tambores
Meu coração a Supraphonic
E o caos vou controlando
Enquanto o rock vai rolando
Já vi disco voador
Estive em bang bang
E não importa onde vou
Nem precisa me rogar
Para o rock and roll rolar
E o caos vou controlando
Enquanto o rock vai rolando
Meu mecânico é meu roadie
Baquetas e amigos
Não me cobram favores
Encontrando um grande amor
Deixo pra trás pequenos amores
E o caos vou controlando
Enquanto o rock vai rolando
E o rock vai Rolando
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Riff Matador
(Zanite/Castello)
A banda só queria tocar
O riff já na ponta dos dedos
E o verbo na ponta língua
Um riff matador de rock and roll
Vidas paradas, congeladas no tempo
Só precisando de ação e emoção
Estrada e palco a solução
Um riff matador de rock and roll
Les Paul e Marshall, sangue e suor
A verdade crua no coração
Matando dez leões a cada dia
Somos a resistência do movimento
Vamos mandar toda tristeza embora
Para nunca mais voltar a nos assombrar
Não há tempo ruim estando aqui
Enquanto o riff matador soar
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Máquina do Tempo
(Zanite)
Uma palavra de carinho
É o que mais desejava pra mim
Poder sair ao sol
E ter alguém esperando por mim
Porque que a vida ensina
Da pior forma que possa existir
É tudo um grande ciclo
Que muitos passam sem resistir
Eu quero roubar
Uma máquina do tempo
Como aquela rosa
Que a dei em algum momento
Que é pra poder chegar
A um futuro distante
E ver se há algo de bom para mim
Ser solitário é engraçado
Pra quem já experimentou o outro lado
Não ter um ombro amigo
Pra chorar quando esta arrasado
Procuro de artifícios
Pra ser uma pessoa melhor
Não cometer os mesmos erros
E ver se assim meu futuro é maior
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Estrelas Dirão
(Zanite/Benévolo)
Quantas vezes você ficou louco
Não importa se muito ou pouco
Verdades são tantas, em qual apostar?
Todas irão para o mesmo lugar
Porque são muitas cabeças
Lembre de tudo ou esqueça
A vida acontece
Mesmo sem controlar
Indo à frente, não tem como voltar
Qual a dúvida?
Se você sabe que pode pirar
Manter-se ocupado é legal pra variar
Viver bem a vida, é só começar
Amor e paz em todo lugar
Porque somente as estrelas dirão
Muito mais vale libertar-se de toda prisão
Verdades são tantas, o futuro dirá
Quem tentou e não rolou
Sabe que (pode) vai acertar
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Rock com Roll
(Schevano/Castello)
Eu não me lembro quando o rock morreu
Se foi hoje ou quando o AI5 nasceu
Acho que é amnésia ou as cervejas do bar
Não consigo parar, Chuck Berry já
A lâmpada não vou mais girar
So don’t fuck my soul
Misture Rock com Roll
Não sei tocar cuíca, nem mesmo pandeiro
Com guita, baixo e batera eu me torno roqueiro
Que mais vou fazer pra misturar
E o Rock com Roll é o que sei tocar
A lâmpada não vou mais girar
So don’t fuck my soul
Misture Rock com Roll
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Quatro Cordas e um Vocal
(Schevano/Castello)
Um ano vai, outro vem
E tudo parece tão bem
Mas nunca sabemos
Com qual o futuro virá
Segundos determinam
O que foi e o que vem
Dias incertos que virão
Como quatro cordas de um baixo
Que param de soar
Como um vocal que cessa
Na solidão de nosso silêncio interior
Ficamos quietos num canto
Esperando passar
A dor cessar
Como quatro cordas que se calam
Dias incertos que virão
Como quatro cordas de um baixo
Que param de soar
Como um vocal que cessa
Dias incertos que virão
Como quatro cordas de um baixo
Que param de soar
Como um vocal que cessa
A estrela já se apagou
De repente a voz cessou
E a corda não soou
Não o rock and roll
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