terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Discografia - Shining Star [Fábio Rocha]

Natural de Balneário de Camboriú (SC), o Fábio Rocha’s Shinning Star lançou seu primeiro álbum no mercado, “Fatal Mistake” no ano de 2000. Antes de mais nada, é preciso dizer que esta não é uma banda comum pois o guitarrista Fábio Rocha, que também toca teclados, cercou-se de músicos do mais alto gabarito para a gravação.
De fato, todas as composições e arranjos foram feitos pelo rapaz, porém também é fantástico o desempenho  da dupla do Dr. Sin, Andria Busic (baixo) e Ivan Busic (bateria), além do vocalista Nando Fernandes (ex- Cavalo Vapor-). 


Meu amigo, se você perdeu as esperanças de ouvir uma banda que pratica hard rock clássico e heavy metal com pique neo-clássico, revigorai, pois estarás dando de cara com um material inspiradíssimo em bandas como Rainbow, Malmsteen e Dio.
Tal comparação toma vulto logo na faixa- título, iniciando-se bem pesada, com ritmo cadenciado e teclados muito bem posicionados além de possuir um refrão marcante e solo à lá Ritchie Blackmore (ex- Deep-Purple). “Storm” se caracteriza por ser um hard com ótimas melodias e vocal muito semelhante a Dio, sem contar que os arranjos de guitarra primam pela melodia, ao invés de velocidade astronômica. Sendo outro petardo, “Masters of Skyes” traz solos inspirados em Malmsteen. Já “Last Train to Heaven” irá impressionar os fãs do consagrado Rainbow, pelo fato de sua estrutura lembrar bastante a fase de ouro desta banda, incluindo ótimos teclados. Destaque garantido para as “seis cordas” com muita garra, melodia e sentimento. “You’re Not Alone” é um heavy metal mais voltado para a fase lenta do Dio, com melodia vocal perfeita e momentos grandiosos, musicalmente dizendo. Clássico garantido. Iniciando-se pesada, com classe e teclados absurdamente lindos, “Alive and Well” é outro momento máximo do álbum. Mais uma vez tem-se um refrão estupendo. A instrumental “1000 Years Ago” é totalmente inspirada no mestre do neo-clássico, Malmsteen. O ouvinte pode ter desde solos com o mesmo pique até violões, o que nos lembra canções como “Black Star”.
Resumindo, o instrumental é o máximo. A bateria de Ivan Busic encaixou-se muito bem aos arranjos e o baixo de Andria Busic deu uma consistência importantíssima ao som há participação de outros músicos convidados. Sobre o guitarrista Fábio Rocha, é importante dizer que o mesmo não exagera em momento algum, pelo contrário,: toca com a mão no coração, provando ser muito criativo e mais preocupado com o feeling. Também são impressionantes os vocais do conhecido Nando Fernandes, uma vez que se parecem bastante a Dio e com alguns toques mais voltados para o estilo de Russel Allen (Symphony X) nas partes agudas. 


É claro que um material destes mereceria um produção digna, mas “Fatal Mistake” apresenta algo superior, podendo ser considerado um dos melhores trabalhos a nível nacional, dentro do rock. Finalizando: se você tem um perfil musical dentro de tudo o que foi apresentado aqui, confira. Será fatal.




2000 - Fabio Rocha's Shining Star - Fatal Mistake


Label: Megahard
Category: Full Length
Style: Melodic Metal

01 - Opening The Skies (1:23)
02 - Fatal Mistake (3:42)
03 - Storm (4:37)
04 - Master Of The Skies (4:15)
05 - Last Train (:53)
06 - Last Train To Heaven (4:13)
07 - I Wish (4:46)
08 - You’re Not Alone (3:46)
09 - Alive And Well (4:58)
10 - Ivan’s Drum Solo (1:27)
11 - 1000 Year’s Ago (4:39)
 
Musicians
Nando Fernandes – Lead Vocals
Fabio Rocha – Guitars & Keyboards
Andria Busic – Bass
Ivan Busic & Drums
Guest Musicians
Li Paes – Violin
Dinho Zampier – Keyboards
Ricardo Magrao - Bass
Roberto Sileci – Drums
http://www.mediafire.com/?zikzzldnyyd



2005 - Shining Star - Enter Eternity

Label: Nightmare
Category: Full Length
Style: Melodic Power Metal
 

01 - Nightmare (4:38)
02 - Insanity (4:06)
03 - From Now On (4:24)
04 - Dangerous Game (4:04)
05 - Insomnia (5:12)
06 - Never Too Late (5:28)
07 - Just A Man (4:12)
08 - No More (4:42)
09 - Lady Of The Night (5:19)
10 - Travel Through Time” (5:12)
Musicians
Lance King – Lead Vocals
Fabio Rocha – Guitars
Dinho Zampier - Keyboards
Kuky Sanchez – Bass
Juliano Collombo – Drums
http://www.mediafire.com/?yyml3dfmz05

2008 - Shining Star - Reset
Label: Silent Music
Category: Full Length
Style: Hard Rock

01 - Reset (:08)
02 - Desperate & Suffocated(4:03)
03 - Radiation Flame (4:21)
04 - Insanity (4:08)
05 - Enslaved By Fury (4:26)
06 - Reign Of Terror” (4:28)
07 - I Hate You (3:48)
08 -You’re Sick (4:06)
09 - Nightmares (3:55)
10 - Guilty Of Crime (4:15)
11 - Karma (3:22)
Musicians
Ricardo Parronchi – Lead Vocals
Fabio Rocha – Guitars
Rodrigo Collombo – Bass
Juliano Collombo – Drums
http://www.4shared.com/get/mH90Kmre/Shining_Star_-_2008_-_Reset.html


O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: O APRENDIZADO DE OUTRAS LÍNGUAS DEVE SER EXPLÍCITO, MAS NEM TANTO!

Ex-professora é acusada de ato indecente com aluno menor nos EUA

Sarah Holmes, de 22 anos, é acusada de manter relação com aluno de 17.
Caso ocorreu durante curso de inglês, entre agosto e novembro, diz polícia.

 Uma ex-professora de inglês foi detida e acusada de cometer ato indecente com um de seus alunos em Greenville, no estado norte-americano da Carolina do Norte, diz a emissora local "WNTC".

Sarah Holmes, de 22 anos, compareceu ela própria a uma delegacia na última sexta-feira (27), acompanhada de seu advogado.
A ex-professora é acusada de manter uma relação inapropriada com um estudante de 17 anos.
Autoridades disseram que a relação ocorreu durante o curso, entre agosto e novembro de 2011. A professora foi suspensa em novembro, quando o caso veio à tona, e pediu demissão alguns dias depois.
 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Moda De Rock - Viola Extrema - 2010

Aberração ou genialidade?

Um projeto um tanto quanto inusitado e o Moda De Rock. Imagine classicos do Rock ´n Roll tocado com duas violas caipiras, e isto que vc incontrara neste cd. Criado por Ricardo Vignini e Zé Helder que fazem um som instrumental pra lá de interresante com muito virtuossismo, e só vc escutar a versão de ´´Aces High´´, ´´Master Of Puppets´´, ´´Kashimir´´ e ´´Smell Like Teen Spirit´´ e vão saber o que estou falando .Esta ´´banda´´ não tem um gênero distinto poderiamos chamar de ´´Rock Caipira Acustico´´. 
Se vc está a procura de novos tipos de sons pode baixar sem problemas.

Faixas:
01 - Kashimir (Led Zeppelin Cover)
02 - Master of Puppets (Metallica Cover)
03 - Norwegian Wood (This Bird Has Flown) (The Beatles Cover)
04 - In The Flesh (Pink Floyd Cover)
05 - Kaiowas (Sepultura Cover)
06 - May This Be Love (Jimi Hendrix Cover)
07 - Aces High (Iron Maiden Cover)
08 - Mr. Crowley (Ozzy Osbourne Cover)
09 - Smell Like Teen Spirit (Nirvana Cover)
10 - Hangar 18 (Megadeth Cover)
11 - Aqualung (Jethro Tull Cover)

http://www.mediafire.com/?3lkbvv896acv784



O MINISTÉRIO DA SAÚDE ALERTA: MACONHA PODE DEBILITAR A ATIVIDADE CEREBRAL ATRAVÉS DOS ANOS!

Shaaman - Origens - 2010

 Mais um trabalho do renomado desse renomado grupo brazuka.O álbum é conceitual, narrando a saga do jovem Amagat, membro de uma antiga tribo xamanista da Sibéria, em uma peregrinação para conhecer a si mesmo e evoluir espiritualmente.
É um trabalho bem pesado, no qual podemos ver a habilidade de Thiago Bianchi, de Léo Mancini e de todo resto da banda.No fim ainda temos um cover da banda japonesa X-Japan.
Track List:
01 - Origens(The Day I Died)
02 - Lethal Awakening
03 - Inferno Veil
04 - Ego Pt1
05 - Ego Pt2
06 - Finally Home
07 - Rising Up To Life
08 - No Mind
09 - Blind Messiah
10 - S.S.D.(Signed, Sealed and Delivered)
11 - Kurenai

http://lix.in/-a78b19
http://www.4shared.com/file/OPREO1Rp/Origins_-_Shaman_By_Hopings.html


O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: AO CAMINHAR NAS RUAS DO RIO DE JANEIRO, EVITE ANDAR NA CALÇADA, VOCÊ PODE SER ATINGIDO POR UMA EXPLOSÃO DE BUEIRO OU UMA IMPLOSÃO DE EDIFÍCIOS!!!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Michael Schenker - Temple Of Rock - 2011


Banda:

•    Slash (GUNS N' ROSES, VELVET REVOLVER) – Guitar
•    Rudolf Schenker (SCORPIONS) – Guitar
•    Pete Way (UFO) – Bass
•    Neil Murray (BLACK SABBATH, WHITESNAKE) – Bass
•    Chris Glen (MSG) – Bass
•    Simon Phillips (TOTO, THE WHO, JUDAS PRIEST) – Drums
•    Carmine Appice (KING KOBRA, VANILLA FUDGE, ROD STEWART, JEFF BECK, OZZY OSBOURNE, BLUE MURDER) – Drums
•    Chris Slade (AC/DC) – Drums
•    Don Airey (DEEP PURPLE, RAINBOW) – Keyboards
•    Michael Voss – Vocals
•    Myles Kennedy (ALTER BRIDGE, SLASH) – Vocals

Track List:

01. Intro
02. How Long
03. The End Of An Era
04. Saturday Night
05. Fallen Angel
06. Hangin' On
07. With You
08. Miss Claustrophobia
09. Scene Of Crime
10. Lovers Sinfony-Speed
11. Stormin' In
12. Speed
13. Before The Devil Knows You're Dead
14. How Long (guitar battle version)
15. Remember (bonus track for Japan)

 
http://mgff.info/OYKUQDUO?e=1327679341&s=fa

http://uploading.com/files/e5d24451/Michael_Schenker.rar/
http://filepost.com/files/163bc8c8/Michael_Schenker.rar/
http://www.wupload.com/file/203577500


O MINISTÉRIO DA SAÚDE ALERTA: COMPARTILHAR PODE PROVOCAR CEFALÉIA!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

1984 George Orwell

"guerra é paz, liberdade é escravidão, ignorância é força"

Escrito em 1948, 1984 é sem dúvida o mais famoso romance do escritor George Orwell, pseudônimo usado por Eric Arthur Blair (1903-1950), nascido nas Índias britânicas, filho de uma francesa e um inglês, ferrenho ativista a favor da liberdade e da justiça, dedicou seus últimos anos de vida a denunciar o papel do Estado no aniquilamento das liberdades individuais e da cidadania, Orwell é considerado por muitos como o escritor político mais influente do século XX.

1984 é considerado ao lado de, Laranja Mecânica, de Anthony Burgess e Admirável Mundo Novo de, Aldous Huxley é um dos ícones literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século XX.

George Orwell escreveu 1984, dois anos antes de sua morte. Tuberculoso e sabendo que o seu fim já era eminente, lutou contra o tempo para colocar no papel sua visão de um mundo que o desapontava e caminhava perigosamente para o oposto de todos os sonhos de fraternidade e solidariedade dos antigos socialistas, inclusive ele próprio.

A obra retrata o mundo dividido em três grandes superestados: Eurásia, Letásia e a Oceania. Em uma ou outra aliança, esses três superestados estão em guerra permanente. O objetivo da guerra, contudo, não é vencer o inimigo nem lutar por uma causa, mas manter o poder do grupo dominante.

O enredo, sob a perspectiva de Oceania, desenvolve-se onde um regime socialista impera sob a ideologia do IngSoc (socialismo inglês). No topo desse regime socialista, está o Partido, que tem na figura do Grande Irmão (Big Brother no original inglês) seu principal e único líder. O Partido busca por diversos meios controlar o pensamento dos cidadãos, através da criação das teletelas, uma espécie de televisor bidirecional instalado em todas as casas e por toda a cidade, onde passam programas que exaltam o governo e o Grande Irmão, permite ao Big Brother vigiar os indivíduos e manter um sistema político cuja coesão interna é obtida não só pela opressão, mas também pela construção de um idioma totalitário, a Novilíngua, que, quando estivesse completo, impediria a expressão de qualquer opinião contrária ao Partido.

"2 + 2 = 5, se o Partido assim quiser"

Outro meio que o Partido usa-se para 0 controle da sociedade foi a criação de 4 grandes Ministérios, que figuram como os principais responsáveis pelo Duplipensar da sociedade:

• Ministério da Verdade: Responsável pela falsificação de documentos e literatura que possam servir de referência ao passado, de forma que ele sempre condiga com o que o Partido diz ser verdade atualmente.

• Ministério da Paz: Responsável pela Guerra. Mantendo a Guerra contra os inimigos da Oceânia, no caso Lestásia ou Eurásia.

• Ministério da Fartura: É responsável pela fome. Divulgando junto com o Ministério da Verdade seus boletins de produção exagerados, fazendo toda a população achar que o país vai muito bem. Entretanto, seus números faraônicos de nada adiantam para o bem-estar da camada mais baixa da população de Oceania, a prole.

• Ministério do Amor: É responsável pela espionagem e controle da população. O Ministério do Amor lida com quem se vira contra o Partido, julgando, torturando e fazendo constantes lavagens cerebrais. Para o Ministério, não basta eliminar a oposição, é preciso convertê-la.

Nessa metáfora sobre o poder e as sociedades modernas, Winston Smith, obscuro funcionário do Ministério da Verdade de Oceania, incentivado pelo seu amor por Júlia e por um membro do Partido Interno, O'Brien, passa da indiferança à rebelião contra a sociedade em que vive. Acaba por descobrir, principalmente depois que é levado ao aterrorizante Quarto 101, que tomou um caminho sem volta.

1984 não é apenas mais um livro sobre política e seus regimes totálitários, mas sim uma metáfora do mundo que estamos construindo a cada dia. A invasão da privacidade, avanços tecnológicos que propiciam o controle quase que total dos indivíduos, a destruição ou manipulação da memória histórica dos povos e guerras para assegurar a paz já fazem parte da nossa realidade. Se essa realidade caminhar para o cenário antevisto em 1984, o indivíduo não terá qualquer defesa. Aqui reside a importância de se ler Orwell, porque seus escritos são capazes de alertar as gerações presentes e futuras do perigo que correm e de mobilizá-las pela humanização do mundo.

O livro foi adaptado sem grande sucesso para o cinema em 1984.
***Para fazer o download do livro, clique na imagem com o botão direito do mouse sobre o link e depois em "Salvar Link Como"  (Arquivo em Pdf)

Download do Livro :

Links para o download do livro:
http://www.cantinhodaculturaedolazer.net/2009/05/download-gratis-livro-1984-george.html
Português: http://www.lisandrosellis.kit.net/obras/ORWELL%20-%201984.pdf

Inglês: http://www.4shared.com/office/XiRxzahb/George_ORWELL_-_1984.htm

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: PIRATARIA É CRIME, ORIGINAL É UM ROUBO, COMPARTILHAR É SUSTENTABILIDADE! 

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Kreator - Endorama - 1999

Por Micael Machado

Eu nunca fui um grande fã de Kreator, embora goste bastante de Thrash Metal. Um dos grandes do thrash alemão ao lado do Destruction e do Sodom, o Kreator construiu uma carreira ao longo dos anos 80 que o levou ao topo do metal mundial devido a suas músicas agressivas e velozes. Nos anos 90, a banda começou a mudar o seu som, iniciando já em Coma Of Souls (1990) e  Renewal (1992), onde se afastou um pouco do thrash ultra veloz e começou a inserir melodias em número cada vez maior em sua música.

As mudanças (ou “a evolução do som da banda”) foram acontecendo, sendo mais notáveis em Outcast (1997), com uma tendência mais gótica e industrial.

Tudo isso foi sublimado quando do lançamento de Endorama, em 1999. O que era tendência no disco anterior se confirmou neste, com a banda se entregando de vez ao gótico como nunca antes nem nunca depois em sua história.

Confesso que só conhecia “People of the Lie” e “Renewal” (a música) quando conheci este álbum. Já tinha “dado uma passada” por outras músicas do grupo, mas, não sei por que, elas nunca haviam me atraído. Sendo assim, eu tinha uma certa noção do som que o Kreator fazia, mas não estava tão familiarizado assim com as características do grupo.

Por outro lado, sempre gostei de Gothic Rock, e, talvez por isso, Endorama me atraiu bem mais do que o catálogo anterior dos alemães, embora tenha sido recebido com repúdio e desprezo por boa parte de seus fãs. Mas será que o disco é tão ruim assim?

“Golden Age” abre o play em um ritmo muito mais lento do que as músicas antigas do grupo. A voz de Mille Petrozza assusta os antigos fãs, saindo do rasgado costumeiro para um tom mais grave e soturno, embora não tão grave quanto o de outras bandas góticas. A música tem um refrão fantástico, daqueles que ficam na sua cabeça por um bom tempo, e, embora tenha poucas características do Kreator clássico, dá o tom e estabelece o padrão de qualidade para o resto do disco.

“Endorama”, a faixa seguinte, é ainda mais gótica, com a presença do vocalista do Lacrimosa, Tilo Wolff, cantando em dueto com Mille, mostrando que o tom gótico da faixa anterior não era por acaso. O refrão desta música também é marcante, sendo quase impossível não cantar junto depois de poucas audições. Maravilha!


Kreator, com Pettrozza à frente

“Shadowland” é a mais rápida do disco, embora não tão rápida para os padrões do Kreator. Mesmo assim, talvez seja a que mais agrade os antigos fãs, com um ritmo empolgante, um riff muito interessante e outro refrão do qual você vai lembrar por um bom tempo, além de um solo de guitarra como nos velhos tempos da banda.

“Chosen Few” é outra canção em ritmo lento, e com algumas poucas mudanças poderia se passar por uma música do Sisters Of Mercy. Mais uma vez o destaque é o refrão, como nas anteriores do disco, embora a música inteira mereça ser ouvida.

“Everlasting Flame” também segue na linha do que o Sisters já havia feito, sendo que um teclado muito bem colocado aparece para levar o “ambiente” gótico um passo adiante. O ritmo mid tempo deve causar arrepios nos fãs dos discos anteriores, mas é um deleite para os ouvidos de fãs de Gothic Rock como eu.

“Passage to Babylon” também tem um ritmo mais lento, e depois do refrão tem uma passagem mais acústica, que mais uma vez traz o Sisters Of Mercy à mente, embora no resto da melodia a banda consiga fugir um pouco a esta comparação. Uma boa música, misturando a melodia do gótico com o peso do metal ao longo de sua duração.

“Future King” foge um pouco da linha das outras músicas, sendo mais pesada e mais rápida. Até o vocal de Mille não está tão soturno, embora ainda longe do que ele fez em álbuns passados. A música é mais direta, e com um pouquinho mais de peso e velocidade não faria feio perto do catálogo antigo dos alemães. O refrão acaba soando repetitivo mais para o final da música, o que faz com que esta faixa não se destaque tanto no contexto do disco.

A instrumental “Entry” é pouco mais que uma vinheta para a faixa seguinte. Uma melodia triste ao piano, com uma cama de sintetizadores ao fundo, nos levando a um clima de solidão e melancolia cortado pela introdução de “Soul Eraser”, com um ritmo mais marcado e um vocal baseado no industrial. O refrão dessa música confirma a impressão dada pelo vocal, com uma bateria bem marcada, embora não tão veloz quanto o de outras bandas do estilo. Lá pelos dois minutos e pouco temos um solo que nos remete ao antigo Kreator (apenas o segundo do disco!), embora muito mais lento e melódico do que o estilo tradicional da banda. Esta é uma das faixas mais pesadas do disco, e uma das poucas que guardam alguma relação com o resto da discografia de Mille e companhia.

“Willing Spirit” retorna para a atmosfera gótica, embora um pouco mais veloz e pesada que as faixas anteriores. Não tem um grande destaque no álbum, mas é uma boa música, se deixando ouvir sem maiores traumas.

“Pandemonium” começa com um riff empolgante e uma melodia de guitarra bastante interessante. Após um primeiro verso mais lento do que a intro, o refrão surge com uma velocidade maior que as outras músicas do álbum. A canção continua nesta fórmula, e até um pequeno solo cheio de efeitos comparece a certa altura. Esta é uma faixa que acaba por tornar-se um dos destaques do disco, mesmo não seguindo a linha melódica de suas antecessoras.

E, por fim, “Tyranny” encerra o álbum, mais uma vez num ritmo mid tempo, mas com uma melodia e um refrão bastante agradáveis, o que faz dela mais um dos destaques de um disco bastante incompreendido, mas que, se analisado apenas pelo que contém e não por toda a história de seus criadores, se revela um grande álbum, ao qual mais chances deveriam ter sido dadas.

Formação:

Mille Petrozza: Guitarra, Vocais
Jürgen Reil: bateria
Christian Giesler: Baixo
Thomas Vetterli: Guitarras, Programações


Track List:

01. Golden Age - 4:51
02. Endorama - 3:20
03. Shadowland - 4:27
04. Chosen Few - 4:30
05. Everlasting Flame - 5:23
06. Passage to Babylon - 4:24
07. Future King - 4:44
08. Entry - 1:05
09. Soul Eraser - 4:30
10. Willing Spirit - 4:36
11. Pandemonium - 4:10
12. Tyranny - 4:01

http://www.mediafire.com/?jdd4zd3bzkc


O MINISTÉRIO DA SAÚDE ALERTA: SEXO SEM CAMISINHA É UM TEZÃO, MAS NÃO EVITA DST!

MIJOU SENTADO, NÃO É SAPO...
TÔ COMENDO...

 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Stairway To Heaven: Por que é o melhor rock já escrito?

"Stairway To Heaven" é um clássico - inquestionável. A música foi um hit avassalador na década de '70 e continua impressionando hoje em dia mesmo aqueles que não se consideram apreciadores de Rock. Alguns, mais atentos, dedicam alguma atenção a letra e frequentemente não entendem o que a banda quis dizer. Vamos contextualizar as coisas antes de abordar o texto da canção. Quando questionados, os autores só contribuiram para ampliar a aurea de misticismo ("as palavras vieram sozinhas, não mudei nada", "os dedos de Page começaram a se mexer", "não sei estavamos chapados", "vocês falam como se ela fosse grande coisa", etc).
Não é segredo, "conspiração" ou fato muito desconhecido o fato de Jimmy Page ser um "ocultista".


Na época em que a música foi composta ele morava na famigerada e infame mansão de Aleister Crowley, Boleskine, além de ser proprietário de uma livraria especializada em ocultismo, The Equinox Booksellers and Publishers. Jimmy Page sempre foi um estudioso sério de ocultismo, não um fanfarrão criando uma pose de "satânico", e é certo que isso se reflete em sua composições. Nunca foi membro formal da Ordo Templi Orientis ou qualquer outra ordem (até onde se sabe), porém é importante salientar que "Stairway to Heaven" é um termo para se referir aos graus destas ordens onde o iniciado "sobre a escada para a iluminação"(ordens como Golden Dawn, Rosacruz, etc), a scala philosophorum.
 
Mr. Aleister Crowley

Procurar uma mensagem "satânica" (no sentido vulgar) levou muitos a incorrerem no erro na hora de interpreta-la, criando interpretações não muito coerentes e adequadas para conspiracionistas cristãos - alias, é o mesmo que resumir Aleister Crowley a uma espécie de figurão "adorador do diabo", quando foi, além de um iconoclasta e um polemista excêntrico, um estudioso assiduo de tradições orientais.



Na capa temos um quadro dependurado numa velha parede deteriorada onde aparece um velho curvado sob o peso de um grande feixe de lenha amarrado às suas costas, usando uma bengala para se apoiar. Dentro temos a gravura uma aldeia ao longe e uma montanha pela qual sobe, rastejando, um homem em direção ao pico, onde se levanta uma figura de túnica e capuz, tendo numa das mãos um bordão, e na outra uma lanterna onde brilha uma estrela hexagonal. Essa figura, o elemento mais óbvio da gravura, é a do Eremita, nono arcano maior do tarot. Ele usa uma túnica representando o conhecimento do oculto, o seu bordão representa a prudência e a lanterna a sabedoria, representa "fidelidade a sí mesmo e sabedoria" e "o valor do conhecimento adquirido à custa de trabalho ininterrupto, que apenas mentes privilegiadas conseguem desenvolver" (como diz a música, "a new day will dawn for those who stand long". "To be a rock and not to roll"). O hexagrama, por sua vez, é o Hexagrama de Salomão, o hexagrama alquimico, a "estrela dos magos". Formada por dois triangulos superpostos, representa a união do humano com o divino, a capacidade de transfomar a realidade segundo a própria Vontade.
Letra

"There’s a Lady who’s sure,
All that glitters is gold,
And she’s buying a Stairway to Heaven"

 

A dama é Yesod, o Fundamento, o impulso primordial que nos faz buscar o auto-conhecimento, subir a "Escadaria de Jacó" (que é representada como uma escadaria para o céu, "por coincidência"). Este símbolo é em outras mitologias Isis, Venus, Afrodite..... estas que também são identificadas com o Anjo da Luz, Lùcifer. A Lady vai contra a concepção de que "nem tudo que reluz é ouro" e acredita que tudo possui um brlho, uma centelha divina com potencial de crescimento - e assim ela vai subindo a escada. A "Escada de Jacó", na Cabala, é escada da consciência do ser humano, do mais profano ao mais divino, até alcançar a realização.
A pretensão de que "o que brilha é ouro" vem da alquimia - tudo tem potencial de virar ouro, que seria o elemento primordial. Até o carvão tem o seu brilho. Transformar o chumbo em ouro, o homem em Deus. Se trata de uma concepção gnóstica da vida, o "ouro" representa o pneuma divino (a centelha divina) que está aprisionado no âmago do ser pela moral, pela razão e pela matéria em sí. E um dos símbolos da alqumia é justamente uma mulher segurando um escada para o céu (vide Fulcanelli, Le Mystère des Cathedrales, ed. J. P. Pouvert, Paris, 1964 pag. 32-33 Pranche II), que é o caminho para a felicidade plena, caminho que ela constrói com o próprio esforço(buy), porém é um escada, existem degraus que devem ser subidos pacientemente (o trabalho hermético é gradual). A já citada scala philosophorum.


"When she gets there she knows,
If the stores are all closed,
With a word she can get what she came for."

 

Aqui está o verbo, a "palavra perdida", o magista tem a capacidade de manifestar sua Vontade com uma única palavra, de, como Deus, conseguir o que desejar. Para a alquimia as palavras existem um nível simbólico, são muito mais do que uma forma de comunicação - a própria existência é condicionada pelas palavras, "se você para de falar para de pensar". A Vontade, ou Thelema, do magista é tão forte que ele sabe que vai conseguir o que quer mesmo que "todas as lojas estejam fechadas", mesmo que as possibilidades pareçam nulas. Ela sabe o que quer, o caminho que está trilhando, onde quer chegar, por isso "sabe" que vai chegar lá.
Na mitologia gnóstica, o mundo foi criado por um "deus mal" (Demiurgo) que aprisinou as partículas divinas na matéria. Quando morre o homem poderá se liberar, transpor a matéria, porém para isso ele precisa saber uma "palavra-chave", se ele errar, volta para a matéria. No caminho hermético cada "degrau" tem uma "palavra-chave", que é sua força, sua Vontade.
 

"There’s a sign on the wall,
But she wants to be sure,
’cause you know sometimes words have two meanings."

A dama precisa tomar cuidado, todo símbolo tem mais de um significado, e como já dissemos, as palavras são mais que um mero instrumento de comunicação. "Cuidado com aquilo que desejas, pode conseguir". Para a alquimia existe uma "segunda linguagem", superior, maior, e o que fazemos é usar a linguagem mundana para representa-la (o "Ouro"). Aqui falham os crentes e ateus que com suas visões unilaterais pensam em deuses como seres existentes no mundo fisico, não como símbolos, imagens que representam elementos e potencialidades da humanidade, assim como seu aperfeiçoamento (vide a análise de Feuerbach sobre a religião). O iniciado não pode cometer esse tipo de erro, incorrer na falsidade e se desviar do caminho. Isso é, praticamente, uma lição para todos.


"In a tree by the brook
There’s a song bird who sings,
Sometimes all of our thoughts are misgiven."
 

A Àrvore da Vida da Cabala, a Yggdrasil nórdica..... Na alquimia, assim como na Goétia de Salomão, fala-se muito da "linguagem dos pássaros" - mais uma vez a "Linguagem Superior". O pássaro é o símbolo de Toth (Deus da Sabedoria), o "criador do Tarot" segundo Crowley (brook é um termo utilizado para se referir a um fluxo de cartas em uma tirada), que orienta o viajante no caminho. Para o gnóstico a inteligência é outra criação do Demiurgo, por isso ele busca sabedoria espontânea dentro de sí mesmo, procura se guiar pela intuição (runas, tarot, etc).

"There’s a feeling I get when I look to the west,
And my spirit is crying for leaving."
 

Nesse trecho muitos aludem ao fato de que nos rituais satânicos volta-se para o oeste, porém ninguém explica o porque, soltam um fato aleatório e se impressionam com o "eminente satanismo" da banda, porém ocorre que até onde se sabe Page nunca fui um entusiasta do satanismo de LaVey (ao contrário dos Stones) talvez justamente por ser mais tradicional. Nas ordens já citadas e em tantas outras, o "Oeste" representa o portal do templo, o mundo exterior, material, Malkuth, já o Oriente o nascer do sol, a luz (não é a toa que Cristo é referido em alguns trechos das escrituras como "Oriente"). É bom lembramos que na gnose a morte é a libertação, e o oeste representa a morte (dizer que é "oposto" a Cristo é complicado, porque no satanismo é Lúcifer que corresponde ao Leste; Lúcifer é "Apolineo", racional, iluminado, esclarecido, a criação, Satan é "Dionisiaco", a escuridão representando as forças da nossa escuridão, as paixões, o impulso, a rebelião, a destruição).

"In my thoughts I have seen rings of smoke through the trees
And the voices of those who stand looking."
 

Anéis de fumaça representam os ancestrais, a sabedoria ancestral, com especial ênfase na tradição xâmanica onde o fumo é praticamente um ato contemplativo (nota: o tabaco é apolineo, racional, masculino; a maconha é dionisiaca, criativa, femnina) - bebe do conhecimento ancestral.

"And it’s whispered that soon if we all call the tune
Then the piper will lead us to reason.
And a new day will dawn for those who stand long,
And the forests will echo with laughter.

 

(entra a bateria)

If there’s a bustle in your hedgerow,
Don’t be alarmed now,
It’s just a spring clean for the May Queen."

 
Estátua de Pã encontrada em Pompéia - fonte: wikipedia

Aqui temos uma alusão óbvia a Pã, "o flautista". Aleister Crowley compôs uma poesia chamada "Hino a Pã" em 1929(que foi traduzda por um famoso ocultista português, porém não famoso como tal e sim como escritor - Fernando Pessoa), que trata o caminho da Iluminação através da Árvore da Vida, representada pelo Arcano Diabo do Tarot. Aqueles que persistem em sua Vontade verão "um novo dia nascer", e os ancestrais irão se regojizar com o sucesso do iniciado (e de toda a humanidade se possível).
Depois temos a simbologia da superação do Inverno pela Primavera - acaba o frio e a esterilidade, vem as flores e fertilidade. Fala também para você ter uma visão cósmica das coisas, ter perspectiva, não se importar com as pequenas trivialidades que serão arrebatadas pelo processo cósmico. A derrota numa batalha não é o fim da guerra, um "não" não é definitivo - um novo dia irá nascer para aquele que persiste em sua Vontade.


"Yes there are two paths you can go by,
But in the long run
There’s still time to change the road you’re on."
 

Dois caminhos, a mão esquerda e a mão direita. A luz e a escuridão, a normalidade ou o excepcional. A escolha é feita a todo momento e sempre há como mudar de caminho, de decidir, de direcionar a própria Vontade (ao invés de se resignar). A questão aqui é existencial - não importa o quanto você já persistiu num caminho, você é LIVRE para muda-lo.

"And it makes me wonder." 

A frase é utilizada várias vezes. É o arcano do louco, o redescobrimento do mundo (dos símbolos), a transformação do chumbo em ouro, o sentimento que a criança tem ao conhecer (“Vinde a mim as criancinhas”, Mateus 18:1-6), o alqumista em subir mais um degrau.

"Your head is humming and it won’t go,
In case you don’t know,
The Piper’s calling you to join him."
 

Aqui a lady chama o ouvinte, a música o guia pela Árvore da Vida em direção à Luz. Eis o poder da música. E esse trecho vem logo depois da mensagem existencial de liberdade - é como Sartre disse, não importa o quanto você fuja, a responsabilidade de ser livre recai sobre você, "o ser humano foi condenado a ser livre".

"Dear Lady can you hear the wind blow, and did you know,
Your stairway lies on the whispering wind"
 

Na Yggdrasil repousa um dragão em sua base e uma águia no topo que bate as asas produzindo uma leve brisa (Águia, sabedoria, espirito iluminado, força). Na Árvore da Vida da Cabala, o caminho que conduz à "Deus" (Kether), é representado pelo "AR". É interessante também observar as grandes coisas que construimos em cima de "ar"(como o amor), a Vontade que constrói uma escada sem tijolos. Viver no nível do simbólico é transcendental.
 

(solo)

"And as we wind on down the road,
Our shadows taller than our soul,"
 

No ocultismo (especialmente no amado Crowley) as "sombras" são aspectos negativos da nossa alma que nos atrapalham na realização de nossa Vontade, vicios. As sombras do homem são as coisas que ele criou mas que ele adora como num fetiche, como seus deuses ou o dinheiro - o dinheiro é uma sombra nossa e não nossa essência, mesmo assim alguns vivem para o dinheiro e esquecem de sí próprios, do auto-aperfeiçoamento, do amor, etc; os deuses mais ainda, são sombra de nossa essência, devem ser entendidos como tal, não devemos adorar as sombras (como fazem os presos na caverna de Platão). Como disse Karl Marx, sobre a alienação (seja religiosa ou econômica): "Quanto mais o homem adora algo fora sí, mais perde de sí mesmo".
 

"There walks a lady we all know,
Who shines white light and wants to show
How everything still turns to gold,"
 

Aqui a Lady realmente se parece com aquele chamado Lúcifer, a luz que nos guia na possibilidade de transformar tudo em ouro. Deus não queria que o homem comesse o fruto do conhecimento do bem e do mal porque assim os homens seriam como Ele - teriam consciência do bem e do mal assim como de sí mesmo (como vemos ao perceberem que estão nus). Se tornariam como Deus através do conhecimento (o fogo que Prometeu rouba dos Deuses), e Lúcifer significa justamente LUZ, fogo, iluminiação, conhecimento (progressão concreto-abstrato). Prometeu deu o fogo (o conhecimento) aos homens para se vingar dos deuses, assim como Lúcifer deu o fruto (o conhecimento) para os homens para assim se vingar de Jeová. Lúcifer liberta a humanidade da ignorância, da condição de escravos ingenuos que viviam sob o cativeiro de um Senhor para se tornarem livres como deuses, senhores do seu próprio destino e transformadores da natureza através do trabalho (esse ponto é crucial, Deus "pune" os homens com o trabalho porém Marx observa bem que o trabalho é processo pelo qual homem cria e transforma a natureza e a sí mesmo, ou seja, é praticamente um poder divino, ser senhor do próprio destino). Falando em termos gnósticos, Deus é o demurgo que criou o mundo material e aprisiona almas nos mesmos (ele te faz temer a desgraça, o inferno, isso e aquilo), sendo que Lúcifer liberta as almas fazendo com que elas se auto-determinem ao invés de se escravizarem, que assumam uma coisa "espiritual" que é o conhecimento, a iluminação. Aliás, a queda Lúcifer representa isso - ele renuncia ao mesmo tipo de escravidão se tornando consciente de sí mesmo, adorando a sí mesmo e não a seres externos.. Marx na famosa "Introdução a Crítica do Filosofia do Direito de Hegel" (onde ele fala que a religião é ópio de povo) faz uma revolução luciferiana e copernicana (o "sol" muda de posição) ao propor que o homem se liberte das alienações e tenha como prioridade antes de tudo a sí mesmo, que o homem fez deus e não o contrário; "quanto mais o homem adora algo fora de sí mais perde de sí mesmo"; que o humanismo primeiro se manifesta na forma de ateísmo, depois na forma de comunismo.
 

"And if you listen very hard
The tune will come to you at last.
When all are one and one is all
To be a rock and not to roll."


Escute muito bem o canto dos pássaros, da flauta de Pan. Ultrapassado o "Abismo" chega-se a "Binah", a ordem (rock), a unidade em contraposição ao Caos (roll), visto que a matéria se caracteriza por ser dinâmica e permanementemente em movimento (vide "Dialética"), ao passo que o espirito é perene. E aquele que persiste no caminho, na sua Vontade, deve ser como uma rocha que não rola com as forças exteriores - e aquilo que ele conquistou assim será sólido. Para a Gnose no final nos tornamos "Um", tudo, Deus, ai já não estaremos mais evoluindo, seremos "fixos", teremos chegado ao fim da escada. É importante esclarecer que existem duas "tendências" na Gnose, uma "cristã" (ascética) e outra "satânica"(onde Jeová é o Demiurgo). A primeira consiste em afastar-se dos pecados e a segunda em "esgota-los" cometendo-os. É um tanto claro que um discipulo de Crowley (como Crowley) estivesse ligado a segunda.
 

Por que "Stairway To Heaven" é o melhor rock já escrito?
"Stairway To Heaven" expressa o brilho, o potencial de cada alma humana e a vontade de ser livre. Ele atinge a própria centelha divina, a pneuma. A música começa lânguida, melancòlica, sentimental, passa para um nível sensual para no fim chegar a um frenesi que parece colocar o ouvinte num nível espiritual, separado do restante de forma transcendental - ela cumpre sua função de "escada para o Paraíso", realiza a Gnose, a música acompanha a letra e o ápice final expressa perfeitamente em forma musical o significado da letra. Não existe outra música de tamanho significado com este fenomenal alcance. Os Beatles não compuseram uma música assim e "Bohemian Rhapsody" é só um modelo, incrível claro, de opera rock. "Stairway To Heaven" é a expressão dos clamores da libertação da alma humana, por isso é tão apelativa.

 

O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE: SE BEBER NÃO DURMA, VOCÊ PODE SER ENRABADA(O)!